sábado, 10 de novembro de 2012

Resenha: "O Show de Truman"


          O filme conta a vida de Truman que é transformada em reality show, desde o seu nascimento, 24 horas por dia, sem que ele saiba. Todos os personagens da história estão envolvidos em representar, menos Truman que é o único que vive uma vida real em meio à ficção, sem saber que mora em um grande set de filmagem, em que todos representam, tanto seus pais, como sua mulher e seu amigo. O set é uma grande ilha onde a única saída é pelo mar. Os sonhos de Truman de sair dali e de seguir seus sonhos são cerceados por traumas causados propositalmente para que ele tenha medo de enfrentar o mar e buscar outros horizontes.
          Vai seguindo a rotina de sua vida sem se esquecer da mulher que conheceu quando jovem. A única que quis abrir seus olhos, mostrando que ele vivia uma grande ilusão, mas que foi impedida pela produção do programa. A vida era muito maior do que ele podia perceber.
          Talvez seja essa questão implícita no filme, sobre que a vida pode ser muito maior do que pode ser quando ficamos passivos diante do que nos mostra a televisão, vivendo realidades ilusórias, um modo de fugirmos da nossa própria realidade. Torcendo por finais felizes e não se apercebendo que a nossa realidade possa não estar tão feliz assim e não termos chance de alterá-la.
          O filme também mostra até que ponto vai o senso ético e moral do diretor do programa para se ter ibope. Manipular a vida, os sonhos de alguém para se ter o melhor reality já visto. Mas até que ponto também nós, como telespectadores, não somos manipulados em nome da repercussão de programas de TV? Até que ponto nós nos deixamos levar por essa ilusão?

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