“A Praça
é Nossa” é um programa dirigido ao público adulto que é exibido pelo SBT as
quintas-feiras à noite e está no ar há muitos anos. O programa tem a frente Carlos Alberto de Nóbrega, lugar antes
ocupado por seu pai, Manoel de Nóbrega, na primeira versão do programa.
Através
de vários personagens que sentam no banco da praça para conversar com Carlos
Alberto de Nóbrega, são abordados vários temas como a ingenuidade e esperteza
infantil, com a personagem Nina, sátiras de celebridades, com Porpetone,
críticas da política nacional, com o Deputado João Plenário, pobreza e riqueza,
com Bill e Gates, entre outros. Seus vários bordões como “nada a ver”, “não é
da sua conta”, “ainda bem que a gente é pobre”, acabam contagiando e fazendo
parte do cotidiano das pessoas.
Pela
diversidade de personagens também há uma diversidade de caracterizações, não
havendo padrões. Há crianças, velhos, gordos, baixos...no entanto, quando se
trata de personagens secundários, contracenam com alguns personagens, moças
bonitas, de roupa curta e decotada, simbolizando o padrão de beleza que atrai
os homens, dando uma conotação sexual.
Há também
piadas de alguns personagens que depreciam suas esposas fictícias, embora elas
não existam como personagens reais, mas deixando explícito o desmerecimento
atribuído a essas mulheres. Em contraponto com as piadas depreciativas, sempre
há ponderações e o bom senso de Carlos Alberto, que contorna sempre com
conotações positivas.
Creio que
toda informação, o que vemos, ouvimos e sentimos, mesmo na linguagem do humor,
pode influenciar em algum aspecto o nosso modo de pensar ou de nos posicionarmos em determinados assuntos.
Sempre há conceitos implícitos, que não são assimilados conscientemente, mas
que ficam gravados em nosso inconsciente, podendo pesar em nossos
posicionamentos e escolhas.